quarta-feira

सिनोप्से लिव्रो कांतान्दो HISTÓरिआस-कॉम पितादास दे हमोर दे अरोल्दो Camattari

"CONTANDO HISTÓRIAS - com pitadas de humor"

Este livro eu dedico ao Divino Espírito Santo
e a Nossa Senhora “Mãe Rainha”


- S U M Á R I O -

1 - APRESENTAÇÃO ...............................................

2 - AGRADECIMENTOS .............................................

3 - APITO FINAL
Uma Partida de Futebol ...............................
Outra Partida de Futebol ...............................
Uma Outra Partida de Futebol ........................
Numa Outra Partida de Futebol(O jogo em casa–A decisão)...

4 - DIA-A-DIA
Um dia numa pequena rua do interior .................
Outro dia numa pequena rua do interior .............
Um outro dia numa pequena rua do interior .........
Num outro dia numa pequena rua do interior(A chuva forte)

5 - OUTROS CONTOS QUE CONTO
LUA DE MEL .............................................
Fragmentos ..............................................
Procuram-se ........... .................................

CAIPIRINHA , FEIJOADA E CONSEQUÊNCIAS .....................
Fragmentos ..............................................
Procuram-se ..............................................

AS BONECAS DE TROIA E O NEGÓCIO DA CHINA ............
Fragmentos ..............................................
Procuram-se ..............................................

A MOSCA .....................................................
Fragmentos ..............................................
Procuram-se ..............................................

A FAMÍLIA ENGRACIDADA ......................................
Fragmentos ..............................................
Procuram-se ......... ...................................

O AMULETO DA ESPERANÇA ..................................
Fragmentos ..............................................
Procuram-se .............................................

6 - DADOS SOBRE A OBRA .......................................

7 - DADOS SOBRE O AUTOR .....................................

- APRESENTAÇÃO -
Maria Ribeiro de Andrada e Oliveira Figueiredo

E aqui estou para apresentar o primeiro livro de Aroldo Camattari, escritor formiguense que surpreendeu a todos com seu talento até então revelado aos amigos mais íntimos que o estimularam a mostrar e publicar seus textos .
O autor reúne em seus relatos aspectos diversos do cotidiano de uma pequena cidade, contrastes da vida urbana carregados de ironia em alguns momentos, repletos de lirismo em outros. Emociona e nos envolve em algumas situações como se fizéssemos parte de algumas histórias. Possui em seu texto um humor peculiar, ora escancarado ora escamoteado, algumas vezes surpreendente.
Aroldo processa a realidade crua, muitas vezes rude, e a converte em ficção trabalhada, rebuscada, rica em detalhes. Percebe-se a busca por um refinamento estilístico e uma linguagem característica que lhe identifique de pronto. Ele parece desenhar as frases, torneá-las como esculturas barrocas, exagerar nos detalhes e nas curvas, nos adjetivos e nas locuções, para levar ao leitor exatamente o que deseja.
Neste primeiro livro reuniu contos, pensamentos e frases que nos dão a dimensão da profusão de idéias que habitam seus pensamentos. Destas idéias outros personagens e novos contos surgirão, com a mesma intensidade poética e peculiaridade estilística, com a mesma mineiridade. Uma mineiridade às vezes sutil, mas sempre presente. Com certeza outros livros poderemos ter o prazer de ler.

( Maria Ribeiro de Andrada e Oliveira Figueiredo é
Secretária Municipal da Cultura de Formiga e
Professora de História da Arte na UNIFOR - Centro Universitário
de Formiga-MG )

- AGRADECIMENTOS -

Desde a adolescência , quando das Provas de Redação na escola , tomei gosto em escrever pois , as minhas redações sempre se destacavam nas salas de aula . Mas , por aí ficou aquele entusiasmo , até que um dia , me dediquei a escrever mais seriamente porém , sem compromisso . Escrevia , guardava e ficavam esquecidos num canto . Às vezes , apresentava-os a pessoas amigas que liam e eu voltava a engavetá-los . Até que , a querida professora Brígida Maria da Silva , ao revisar um dos contos , sugeriu que eu participasse do concurso que era promovido pelo Clube Literário de Formiga . Animado , inscrevi-me e , qual não foi a surpresa : fui classificado em 1º lugar naquela competição , com o conto “A Família Engravidada” . No próximo ano , obtive o 2º lugar , com o conto “O Amuleto da Esperança” e não mais participei . Mas , daí , continuei , vez por outra , a construir novos trabalhos literários e a deixá-los arquivados . Isso até a Copa do Mundo de 2006, quando surgiram as Partidas de Futebol e logo após , os Dias na Pequena Rua de Interior , quando resolvi reler tudo e achar que poderia editá-los . Dirigi-me a então Secretária Municipal de Cultura , Srª Maria Ribeiro de Andrada e Oliveira Figueiredo que , lendo algumas obras constantes deste livro e agradando delas , impulsionou-me a publicá-las . Foi quando procurei a “professoríssima” Ana Maria Laudares Lima e pude contar com a sua enorme colaboração em revisar todo o trabalho construído e , ainda , alguns elogios seus , o que encorajou-me , mais ainda , a seguir em frente . Colaboração , também , obtive da bibliotecária Rosana Patrícia Rodrigues Lopes na catalogação desta obra .
Mas o livro ainda não estava concluído , pois faltava-lhe o patrocínio . Foi aí que , recorrendo ao “amigo da família” José Carlos Teixeira , empresário formiguense radicado na capital que, após ler o protótipo do livro, classificou-o como um “bom trabalho” e colocou a sua empresa CONAPE – Recursos Humanos à disposição para patrocinar a minha obra .
E aí está o meu trabalho literário , “CONTANDO HISTÓRIAS - com pitadas de humor” , no qual tentei imprimir alguma alegria , para causar-lhes alguma diversão e espero contar com o prestígio de suas leituras .

Muito obrigado .
...

- UMA OUTRA PARTIDA DE FUTEBOL -

Depois do feriadão de ontem , esta terça-feira amanheceu muito sem graça e dolorida : - “nos ombros” , de empurrar o ônibus até aquela solitária e frondosa imbuia , à beira do caminho e - “no placar” , de 0 x 0 , “ ouvido ” pelo “ radinho ” do veículo . Éééééé !!! , mais uma vitória que não pudemos comemorar . Bom , mas no clássico , tivemos “nosso craque” contundido e um goleiro adversário que ‘ pegou todas ’ , danado ! Não sobrou nem um ângulo vazio pro nosso time preencher. Sem contar as vezes que “ tiramos tinta ” das traves mas o 0 x 0 permanecia . Bem , mas coincidências à parte , restou-me a conclusão de que passarei por uma semana insípida e inodora pois o gosto e o cheiro de vitória , passaram longe e não deu para sentí-los .
Ainda estava a caminho do escritório e , no ônibus, começava a escutar , de outros ‘ irmãos ’ da “Nossa Torcida Organizada” , as reclamações daquele resultado infeliz , acontecido no domingo . Os da esquerda , ali presentes , é que ‘caíram de boca’ no 0 x 0 . Até que alguém , lá atrás , se manifestou positivamente e , de maneira esnobe , disse :
- “ Pô ” , estamos em primeiro na tabela !!!!
O que freou os “adversários” e o percurso pôde fluir um pouco mais tranqüilo , mais conformado .
Cheguei ao escritório com CAMISA SOCIAL e o pessoal logo , logo cobrou de nós doze o resultado infeliz e as “nossas camisas número 10 ” . Tentamos convencê-los e recebemos , em resposta , a incompreensão pela falta de gols . No final , deixamos claro que continuamos em primeiro na tabela , relembrando-lhes a menos privilegiada classificação de seus times .
A semana transcorria conformada e menos dolorida do que aquela terça-feira . O novo confronto já estava marcado e aquele domingo chegará , certamente .
A venda de ingressos foi precária para aquele “clássico”. Os lugares alternativos funcionaram lentamente durante a semana , alegando que as impressoras da gráfica tiveram inúmeros problemas .
Mas estaríamos lá . Somos uma “ Torcida Organizada ” e pretendíamos estar lá dentro para saborear uma outra vitória .
(Por que o time da gente é sempre o melhor ? Ele também perde !!! Mas a “ Nossa Torcida Organizada ” quer comemorar vitória - ao vivo e a cores ) .
Surge o novo domingo e renovadas esperanças vinham junto . O dia amanheceu radiante e o tempo favorecia o “Grande Clássico” . Aquele solzinho confortável e aquele céu azul claro , continuavam estampando o nosso descanso semanal .
Chegam os vizinhos da direita e os da esquerda . Esses últimos , conscientes de que seus times estavam menos privilegiados na classificação . Mas a animação estava contagiante . Um churrasco alimentáva-nos a esperança de um resultado positivo e umas cervejinhas matavam-nos a sede de vitória . Viiitóóóriiiaaa !!! Torcemos para o - líder do campeonato - , então ... fomos !
A rodovia apresentava as mesmas crateras no asfalto , dificultando-nos a viagem . Mas , desta vez , embarcamos num ônibus com melhores condições para enfrentá-las e chegaríamos ao estádio inteiraços.
Os nossos Corações Brasileiros - listrados , numerados e vindo dos pés - , pulsavam alegres , embalados pelos ritmistas que batiam forte nos instrumentos de percussão e as gargantas do nosso coro afinado , entoavam o hino do clube e outras grandes canções .
O motorista atropelou-nos as notas musicais e afinadas , pois a televisão do veículo apresentava o repórter - ao vivo do campo - comentando sobre o jogão e entrevistando o nosso craque atacante . O ônibus “tremeu na base” , mediante a nossa vibração mágica , ao ouvirmos o nosso ‘grande jogador’ prometer-nos a vitória do nosso time , no clássico de hoje.
Estávamos no mesmo posto de gasolina , que já era uma parada obrigatória , para reabastecermos a nossa esperança na
vitória de hoje e encontramos novos ‘irmãos’ da “Nossa Torcida Organizada”. Vieram de outro bairro trazendo som próprio e juntamos nossas notas musicais e nossos coros afinados , formando uma ‘grande roda de alegria’ . Com as emoções recarregadas , despedimo-nos e pusemo-nos rumo à ‘ grande arena ’ , para vibrarmos intensamente - do início ao fim .
A viagem prosseguia muito tranqüila . Outros veículos passavam por nós , lotados e animados e retribuíamos as saudações enviadas - as positivas e as negativas . Estávamos a uns quinhentos metros do estádio e grandes cascatas de fogos coloridos , enfeitavam aquele céu de brigadeiro . Vibrávamos entusiasmados , como se já comemorássemos o resultado final e positivo .
O veículo foi estacionado e descemos rapidamente . Bandeiras . Apitos . Gritaria . Emoção . Os ritmistas castigavam os instrumentos de percussão , coroando a nossa alegria com notas musicais.
A bilheteria 5 estava menos movimentada e a
“ Nossa Torcida Organizada ” foi a última a chegar . Faltavam dez minutos de fila , quando uma aglomeração interrogativa se formou , causando um certo alvoroço .
- As impressoras da gráfica tiveram problemas , esclareceu o responsável pela venda de ingressos e deu por encerrada a sua participação mercantil , no clássico de hoje . Virou torcedor .
Nossa torcida ficou chocada , pálida , desolada ,
mas absorveu conformada aquele comunicado desastroso . Conformamo-nos . Somos uma “ Torcida Organizada e Disciplinada ” e retiramo-nos . Não dispunhamos dos passaportes para ultrapassarmos aquela fronteira . Mesmo precários , os ingressos ficaram à venda durante a semana inteira . Faltou-nos adquiri-los . Agir depois , é tarde demais .
Assistimos o grande clássico – via satélite, num barzinho 3 x 4, próximo ao estádio. O jogo terminou 3 x 0 pro adversário e o nosso time “ não jogou bem “. As promessas do nosso craque atacante foram em vão. Mas aguardaremos “o quê“ acontecerá :

“NUMA OUTRA PARTIDA DE FUTEBOL“

Amanhã , vestirei a minha

“CAMISA NÚMERO 10” ,

com uma “tarja negra” .

É o meu “protesto de torcedor “ !

-EXISTEM MAIS “TRÊS PARTIDAS DE FUTEBOL", QUE COMPLETAM O CAMPEONATO E O 1º CAPÍTULO–

- UM OUTRO DIA NUMA PEQUENA “RUA DE INTERIOR” -

Surge um novo dia à meia-noite escura , iluminada pela “meia-lua inteira” e pela carreira de luzes fluorescentes que clareavam o visual. Àquela hora , o silêncio da madrugada acompanhava a solidão do espaço vazio , estático , que um e outro veículo insistia em ocupar . Ainda circulavam algumas pessoas que voltavam da noite anterior , com diálogos de recordações. Agora a cena era estrelada por um bêbedo que passa em condições precárias , arrastando-se , ziguezagueando , naufragado , cochichando consigo . Alguns cães da madrugada brincam entrelaçando-se com manifestações de carinho pelo outro e um solitário transeunte , admira curioso . O vento macio , lentamente embala e faz companhia à solidão do espaço temporariamente vazio daquela rua pois , pára um pouco o barulho da madrugada ; voa leve e branca uma garça e pousa majestosa na pedra, às margens do rio que já cantava suavemente . Vêm despontando no horizonte os primeiros raios do sol e despede-se o dia daquela madrugada escura - agora já possui a “luz própria” de todos os dias . Um bando de pássaros pousa nas árvores e gorjeia , no alegre movimento sonoro daquela sinfonia urbana - a natureza ainda pode ser ouvida naquela rua . Os ônibus já transportam trabalhadores e várias pessoas aguardam outros coletivos ; veículos de todas as espécies já trafegam na seqüência da manhã ; um jovem conduz um carrinho cheio de materiais recicláveis e um carro luxuoso passa devagar , observando aquela necessidade de sobrevivência . Passa eufórica uma criançada cheia de alegria e um idoso pára , observando e admirando aquela manifestação infantil . Adultos , jovens e crianças conversam animados em grupo e patrões e funcionários passam apressados para a refeição do meio-dia . A manhã esgota o seu tempo estabelecido e se despede .
Delinea-se a tarde ensolarada e o clima na pequena rua do interior continua agradável . Um grupo de senhores , contornam a mesa da pracinha para se divertirem num carteado sem compromisso ; passa uma “família feminina” debatendo um assunto , na companhia de um “guardião” que escoltava aquele agrupamento ; cruza na via férrea o trem da tarde , apitando nas curvas e passagens - e a garotinha ainda olha encantada o velho transporte de cargas ; passa um adolescente com as calças pelo meio da canela e o seu companheiro , com os cabelos formando uma carreirinha espetada , como cactus ( Coisa esquisita ! É moda ! Moda esquisita !). Um adulto conduz um ‘ carrinho de picolés ‘ , acionando uma buzina em tons graves , para anunciar seus produtos e pessoas de todas as idades se deliciam em suavizar o calor ; vem de lá , uma jovem loura , esguia , leve, elegante , desfilando na pequena rua com certo charme - ‘um estilo’ - com tatuagens que podiam ser vistas de longe - ‘ dois estilos ’ ; alguns adolescentes caminham tranqüilos , conversando ‘numa boa’ ; cruzam a via , motoqueiros acelerados , com aparatos de competição e respingados de lama. Caminha suave e pensativa , uma linda garota vestida de bailarina , talvez relembrando o ensaio da coreografia ; passa um carro cheio de flores , espalhando um aroma suave ; dois jovens numa bicicleta , um negro e outro branco , passam numa perfeita integração racial . Um senhor idoso desaba na calçada e um jovem que passava por ali , gentilmente ajuda-o a se levantar , numa atitude plural e de singular fraternidade . Um sepultamento cruza a paisagem e muitos carros acompanham aquela homenagem póstuma - o céu do fim da tarde se avermelha entristecido e o sol se esconde mais cedo - uma outra vida foi arquivada no reino dos céus . Escurece .
A noite chega e ainda permanece uma linda “ meia-lua-inteira ” ; uma estrela cadente , com o rastro longo , enfeita o céu da noite e pessoas admiram extasiadas a beleza daquele rápido percurso ; um cheiro de dama-da-noite invade , perfumando a rua anoitecida ; vira a esquina , um aglomerado de pessoas pedindo a Deus , via Nossa Senhora , em procissão - e melodia , letra e música , acompanhadas pela pequena corporação musical , arrematam aquela manifestação de fé – a rua ficou entorpecida e a essência daquela homenagem que passou por ali , suspensa no ar . Cruza a paisagem , um bonito casal conversando e caminhando devagar e vem depressa um adulto vestido de garçom que , certamente , servirá com cortesia a clientela daquela noite . Passa uma cadela prenha , de pêlos castanhos e olhos verdes , seguida por um vira-latas todo negro ; um carro pequeno , com um som “gritante ” e muita gente espremida lá dentro , comemorando alguma coisa - viva a felicidade de se alegrar com algum acontecimento inédito . Vão se acalmando a rua e seus acontecimentos - escasseia-se a movimentação e o silêncio é abalado pela pequena cachoeira do rio em frente ; um pássaro da noite pousa no galho da árvore , observa triste e canta , como se quisesse despertar a noite . Instala-se a madrugada e o dia começava a se despedir realizado .
A cidade ameaça um ligeiro descanso e a “Pequena Rua do Interior” acompanha seus últimos bocejos , escoltadas pelas luzes do céu e da terra . Certamente , um novo dia irá amanhecer .

- EXISTEM MAIS “TRÊS DIAS” PASSADOS NESSA RUA, QUE COMPLETAM O 2º CAPÍTULO -

- LUA - DE - MEL -

Tio Antílio era apaixonado por ela .
Era Vanda - robusta , corada , encorpada , desacompanhada.
Mas Vanda , como sempre , seca e dura , resistia aos galanteios dele , que não ia desistir nunca . Ele “ queria porque queria”
casar-se com ela e pronto . Acabou .
E Tio Antílio era , mais ou menos , “esperto pra cachorro” .
Ele e Justino , tentavam , tentavam e nada de Vanda prestar atenção .
Justino é que se aproximava dela , para tentar descobrir como Tio Antílio pudesse chegar , sem assustar .
Às vezes , o Justino sentia-se arrasado , amassado num canto , morto de cansaço , por não conseguir a ‘aproximação’ , o que lhe renderia uma boa recompensa . Mas procurava um rumo com as antenas ligadas, como uma ‘ barata ’ , um jeito de conseguir com que o Tio se aproxime de Vanda - a calada .
- Ande , Vanda, ande! Memorizava sempre o Antílio , que aguardava surgir um momento de despertar aquela sonolência abafada de Vanda - a parada .
- Tá difícil!, murmurava o coitado do Tio , que havia prometido ir até o fim .
- Ande , Vanda! Senão desanda!, orientava quase com ira , Melbira - a cunhada que morava ao lado - para que ela não perdesse essa chance . Ele é um ótimo partido , já ido ao longo dos anos mas , aclamado e procurado por todas na cidade .
- Vanda, Vanda! Tenta o Tio !, cutucava sempre que podia , que “queria porque queria” isso para ela , para o bem dela (s) .
As vantagens que teria , prometidas pelo Antílio , para que ela o ajudasse na conquista de Vanda , seria uns bons trocados , o que despertara-lhe a felicidade de ter o que nunca teve . Reaver . Não reviver o passado . Esquecer a infância pobre , ida para a posteridade, que já era não-lembrada, acabada. Até logo. Apague a luz.
O dedo no interruptor acendia as esperanças do Tio para capturar aquela belezura de Vanda - a desligada . Mas , apagava o ânimo de Vanda - a anta , que não enxergava todas as melindres do coitado do Tio . Coitadinho ! Murchinho , murchinho , suspirava fundo toda vez que ela chegava nos lugares em que ele estava - com cheiro de lavanda de hortelã - ímã de sedução - provocação .
E , quando o cheiro da lavanda de Vanda , de hortelã , ouriça seu olfato , é no ato que o negócio bate . Um sentimento especial , uma vontade de falar , como se fosse saída do útero , que nunca teve o Tio Antílio .
Mas , o olhar de Vanda , como sempre seca e dura, não se amolecia diante dos acessos dele .
Flores , bombons , cartões , afagos de longe , carinho . Um ninho quentinho , capim fofinho , para dois passarinhos , huuuuuummmmmmmmmm !!!
E Vanda nada , nada animada . A nada , nada querendo .
Tio Antílio teria tímido tempo tentando tratar o tratado com Vanda - a plasta - que só rezava e murmurava, rezava e murmurava e dava aulas .
E já havia se passado dezessete anos de batalha - alho , defumador , perfume , espelho , oração , promessas - são muitos os dezessete , para durar vazio , seco e duro como Vanda , que lhe passava despercebida a vida , a vontade de casar - azar .
Ele não se descuidava perante a situação . Justino , o “ barata ” , havia pesquisado , a pedido de Antílio , um remédio , um jeito dele agüentar firme essa espera , que era a sua maior preocupação : a dureza e a secura de Vanda - a entupida .
Ele descobriu Amador , um curador que era cobra no assunto , lá pelas bandas do interior , que lhe recomendou chá de lírio , hídrico , dietético , desidratado , colhido às sete horas da manhã de sexta-feira da paixão, tomado agachado e com a mão esquerda no coração , sempre à mesma hora , às segundas , quartas e sextas-feiras , durante sete luas cheias . Ou não surtiria efeito .
Tio Antílio enviou uma caixa daquele ‘milagre’ para Vanda,que o “barata” levou , alegando ser bom para o fígado , o órgão debilitado dela . E Vanda bebeu confiante . E o chá de lírio , do Antílio , era delírio , alívio, conforto , esperança . E Vanda , que era seca e dura , depois do chá , já tá amolecida , recuperada , satisfeita. Virou outra .
Depois das sete luas cheias , Antílio , comovido , resolvido , de coragem abastecido , fez o pedido que por Vanda foi atendido .
Choveu aquele dia . Chuva forte , de morte .
Tio Antílio estava salvo e Vanda animada , resolvida .
Vanda - a removida - pelo chá e pela vida - ganhou de Antílio : véu , vestido , grinalda , buquê e sapato .
A data chegada , alianças compradas , igreja enfeitada , festa ajeitada , Vanda entusiasmada e Tio Antílio em delírio.
Já casados no papel , partiram em lua-de-mel e chegaram bem à pousada .
Vanda , corada de vergonha , pois não estava acostumada ‘com essas coisas’ , deitou-se vestida de noiva , segurando o buquê .
Tio Antílio , espantado com aquele visual , sugeriu com carinho e apressado :
- Vanda, Vanda! Tira a roupa, bobona !
Eeeeeeeee ... ... ... ...
De repente ... ... ...
Foi a dureza , a secura, a amolecida, a recuperada de Vanda ??? ??? ???
- NÃÃÃOOO !!!
- Vanda , Vanda ! Foi a janta , Vanda !

No outro dia, sepultaram Tio Antílio.

- FRAGMENTOS -

* A cada pronunciamento olhava para todos, como se quisesse repartir a culpa.

* A caneta acompanha seu pensamento onde ele for.

* A caixa de fósforos envolve um fogo apagado.

* A frase se torna perdida, quando não é exercida.

* Aguardou um futuro que lhe fosse brilhante; que lhe caísse como uma luva.
Serrou-lhe as mãos, o destino.

- EXISTEM MAIS “FRAGMENTOS” APÓS CADA CONTO, NO TERCEIRO CAPÍTULO -

- PROCURAM-SE -

* “Achados”, procuram “perdidos” para “contatos” .

* “A coisa ficou preta”, procura “papel de gente” para ver se há “algum
preconceito” da parte dele.

* “Água gelada” procura “gotas de anti-térmico”, pois acha que gripou.

* “Águas passadas” procuram “velhos moinhos” para tentarem uma “nova chance".

* “Altas horas da madrugada”, com “princípios de vertigens”, procuram escada
Magirus para poderem “descer de lá”.

* “Amigo da onça” procura “um buraco para se enfiar” para “não quebrar a cara“

* “Ano passado” procura “ano que vem” para passarem juntos as “festas de
fim de ano” e tentar uma aproximação pois, “nada melhor como um dia
após o outro” para se conhecerem melhor.

* “Antes” procura “depois” para ver se “chegam ao fim numa boa”.

* “À vista” procura “amostra grátis” para comunicar-lhe que “dá dói”.

* “Baixaria” procura “vexame” para verificarem se estão “em primeiro na lista” .

* “Barriga da perna” procura desesperadamente o Delegado, para comunicar sua
gravidez causada pelo “dedão do pé” .

- EXISTEM MAIS “PROCURAM-SE” APÓS CADA CONTO, NO TERCEIRO CAPÍTULO -

- CAIPIRINHA , FEIJOADA & CONSEQÜÊNCIAS -

A casa estava animada , embora o almoço estivesse um pouco atrasado . Dona Mariquita estava preparando aquela feijoada completa e gostosa , que agradava a todos . Os filhos preparavam a “caipirinha especial” que aprenderam com amigos ‘experts’ no assunto . Todos almoçaram bem e os filhos foram repousar tranqüilos , depois daquela refeição pesada .
O sol começava a se pôr e no rádio de quatro faixas já iniciava o programa sertanejo que Sô Guido tanto aprecia e que já se encaminha vagarosamente à sala de estar , para poder escutá-lo . Dona Mariquita ainda estava na cozinha lavando panelas e louças usadas no almoço , para repousar depois da tarefa cumprida . Ela cantarolava a música “Índia ”, que tocava na rádio ‘AM’ , interpretada por Cascatinha e Inhana , quando uns gemidos taparam-lhe os ouvidos para a canção:
- Aaaiii... aaaiii... aaaiii... gemia Sô Guido, sentado na cadeira de balanço.
- Quê , que foi ??? Quê , que foi ??? Quê , que foi ??? pergunta aflita, Mariquita, vinda da cozinha, adentrando a sala .
- Aaaiii ... aaaiii ... aaaiii ...
Aqueles gemidos despertaram os netos que dormiam tranqüilos e acordaram assustados e curiosos com aquela manifestação .
- Quê, que foi, vô ??? O que tá acontecendo ??? quis saber Godói, o neto mais velho.
- Dói, Godói, dóóóiiii !
- Tá dolorido , pai Guido ?
- Fincou , Mariquita , fincooouuu !
- O que o senhor tá sentindo, vô ?
- Ai que dor, Nicanor !!! Ai que dooorrr!
- É o coração, vô ?
- Nãããooo , Sebastião, nããooo!!! É espiiinho!
- Então conta , vô !?! Conta onde é .
- É lá atrás , Brás ! Lá atrás !
E sô Guido continuava sentado na cadeira de balanço , vermelho como pimentão , só sentindo os doídos comichões . Mariquita e os filhos assistiam de pé , aquela amargura toda , sem saber o que fazer .
Ele ameaçou levantar-se mas , a idade avançada e as pernas fracas não o deixaram . Nicanor e Dodói pegaram nos braços do avô para ajudá-lo a se levantar da cadeira de balanço que , àquelas alturas , estava mais para ‘cadeira elétrica’ . Mas ele não colaborava devido àquele incômodo desconhecido que o atormentava . Eles puxavam , puxavam , mas ele se engastalhava e voltava a se sentar . E naquele vaivém , Godói ainda solicitava :
- Firma aí , vô Guido !
...
(O RESTANTE DA HISTÓRIA ESTÁ NO LIVRO)

- AS BONECAS DE TRÓIA E O NEGÓCIO DA CHINA -

Orozimbo e Catarino estavam em apuros . A grana havia acabado e as necessidades começavam a se manifestar . Lembraram-se da estatueta Chinesa do século XVIII , recebida em herança do Tio Jarbas e que haviam repassado ao Dr. Oclisóstomo Falcão , um colecionador de antiguidades . Pensavam em reavê-la e resolveram traçar um plano para ser executado logo . O natal se aproximava e o Dr. Oclisóstomo tinha duas netinhas muito queridas e os candidatos a meliantes iriam atacar esse lado fraterno-maternal para reaverem a estatueta Chinesa .
Encaminharam-se à loja de fantasias a varejo e escolheram duas - uma de fada , outra de boneca . Ao chegar em casa , lembraram-se de um detalhe : as caixas e fizeram-nas cobrindo com papel colorido , duas caixas de madeira leve , que pediram emprestadas ao Seu Jojoca , o marceneiro que morava ao lado e , no alto , os letreiros anunciavam : BONECA NEKA - A BONECA e FADA ADA - A FADA FOFA .
Faltava alguém para fazer o vendedor e eles convidaram o vizinho Nestor , prometendo-lhe 10% do valor da estatueta . E ele topou . Arrendaram o caminhão de mudanças do Seu Bebéu e foram !
Dirigiram-se à casa do Dr. Oclisóstomo Falcão, com muita expectativa. Arriscando ; meio bambos , mas resolvidos .
Chegando lá , aninharam-se nas caixas . Já estavam no alpendre e Nestor tocou a campainha . Veio Aristóteles , o mordomo .
- Boa noite ! saudou Nestor , o cúmplice .
- Boa noite ! respondeu Aristóteles .
- Tenho duas lindas bonecas e vim oferecê-las ao Doutor . Soube que ele tem duas adoráveis netinhas e que gosta muito de presenteá-las . Poderia falar com ele ?
- Huuuuummmmm ! reparou Aristóteles , olhando Nestor da cabeça aos pés . Pediu que aguardasse e fechou a porta .
Orozimbo , que estava de FADA ADA , comentou de dentro da caixa :
- Será que vai dar certo , gente ?
- Se a gente fizer tudo conforme combinamos , não tem como falhar . Afirmou Catarino , na outra caixa .
- Psssiiiuuuuuu !!! pediu Nestor , que já ouvia os passos do mordomo , vindo em direção a eles .
A porta se abriu e Aristóteles , com um sorriso de natal, convidou Nestor para entrar , pois o Doutor o aguardava . Aristóteles, pelo celular , solicitou a presença dos seguranças Luizão , Geraldão , Ricardão e Tonhão , para transportarem as bonecas nas caixas até a biblioteca , onde seriam recebidos .
...
(O RESTANTE DA HISTÓRIA ESTÁ NO LIVRO)

- A MOSCA -

Toda noite era sempre a mesma coisa renovada . Após assistir o capítulo da novela das oito , já impaciente , Esmeralda dirigia-se , às pressas, para seu leito de sonho e , como se ela se preparasse durante todo o dia para aquela rotina , fazia um mês que o mesmo sonho acontecia .
O sonho sempre se iniciava naquele banco de jardim e naquele mesmo instante em que seus 42 anos de experiência vazia , conheceu Adamastor, seu amor eterno . Desde esse momento do primeiro encontro , que foi arranjado por Eusébia , a vizinha do 346 , a fim de desempacar Esmeralda , pois o tempo para ela passava sem dó , até o momento do matrimônio , repassava-se todo em seu sonho . As juras de amor daquela primeira vez ; o primeiro beijo , quando , pela primeira vez ela usou o batom vermelho-carmim de Eusébia e nunca mais deixou de usar pois , magra e muito pálida , a sua boca passava quase despercebida .
O noivado . Ah , sim ! Aquele não faltava nunca . Adamastor , arranjara um terno xadrez escuro , camisa de ‘nylon’ , gravata larga , sapato engraxado , cabelo partido ao meio e recém lavado com sabão de coco , o bigode como que dois riscos de ‘crayon’ já devidamente ajeitado e quis até dar uma suavizada naquele nariz adunco , mas viu que era trabalho perdido , como das outras vezes . Lançando uma golfada de “Lancaster” na mão direita , besuntou o pescoço e , esfregando a mão esquerda na outra , esfregou-as nas maçãs do rosto e nas lapelas do terno . Devidamente “arrumado” , conferiu as alianças no bolso interno do paletó e achou-se digno de rumar à casa de Esmeralda que , já aflita , aguardava a chegada do herdeiro de suas lamentações, devidamente aconchegada à cadeira perto da porta de entrada como que , num pulo , pudesse engolir a felicidade pleiteada e ela nunca mais a escapasse . Sentia-se fora de si e disfarçava sua magreza , metida naquelas fartas , armadas , espalhafatosas e engomadas seqüências de babados de organdi marrom-claro , já com certo aroma de naftalina pois , o vestido que Doroty , a vizinha do 531 havia emprestado , estava encaixotado há vinte e dois anos , desde sua formatura no colegial e ele nunca mais viu a luz do dia , como se ela quisesse trancar a sete chaves , e vestida , a jovem mocinha de 15 anos . Esmeralda , com a alma alucinada , pintou a boquinha magra e fina com o mesmo vermelho-carmim ; pôs nas faces oleosas duas rodelas de ruge brilhoso ; ajeitou os cabelos em cachos , afastando-os e prendendo-os com meia dúzia de grampos de aço , para que sua carinha enfeitada pudesse ser notada , já que ela e o vestido eram de uma só cor ; borrifou-lhe vastos jatos de um perfume da “Coty” para disfarçar seu cheiro de guardada , já misturado ao do vestido . Era uma bonequinha de pano feita às pressas.
Os restritos convidados foram chegando e ajeitando-se nas cadeiras dispostas ao longo das paredes , como em festa junina , sem muito o que falar como se estivessem testemunhando o estalar de um grito mudo . Esmeralda não fez questão nenhuma de anunciar há muitos o que iria suceder-se , para que não necessitasse repartir aquela felicidade abrangente com tantos , já que ela era só sua e dele e não correrem o risco dela escorregar de suas mãos como sabonete .

(O RESTANTE DA HISTÓRIA ESTÁ NO LIVRO)

- A FAMÍLIA ENGRAVIDADA -

Ninita precisava urgentemente de dinheiro para realizar o aborto . Tia Rosinha compreendia muito bem que uma jovem mocinha de dezesseis anos , que ainda estava cambaleando os primeiros passos para um futuro melhor , podia errar , sim senhora ! Aconteceu o mesmo com a Etelvina do Seu Francisco e ninguém falou nada . Por que a Ninita , coitada , merecia passar por toda aquela penitência , como se , aos dezesseis anos , já começasse a ser preparada para um ritual ? Clorisvaldo , marido de Tia Rosinha , que ficava como sempre calado e com aquele olhar de jacaré no córrego , ao ouvir toda a história tratou logo de ficar de olho , para que já começasse a evitar qualquer prejuízo , caso ele tivesse que ajudar a pagar . Tia Nicota é que não “caçava” um jeito de se conformar . Vivia pelos cantos a resmungar e resmungar , maldizendo o dinheiro da aposentadoria , aquela atitude apressada de Ninita e o atraso de Nicomedes e Sinhazinha , que tinham ido ao laboratório apanhar o resultado do exame de sangue de Ninita que , àquela hora , já nem sangue mais tinha . Nas suas veias , já corria toda a afobação e toda angústia , coitada . Ela já não cabia mais em si .
O barulho do movimento na fechadura da porta , fez nascer toda uma esperança de que o resultado do exame fosse negativo . Todos já estavam na sala de estar curiosos como torcida de futebol . Sinhazinha tinha um ar cansado , como quem acorda de ressaca .
- Aquela aparência amarelada de Sinhazinha !?!? Naquela tuba tem gato ! Pensava Clorisvaldo , que nada deixava escapar , para não perder a próxima cena .
- Trouxe o resultado , Sinhazinha ??? Perguntou ele , receoso de que lhe sobrasse alguma despesa extra .
- Trouxemos , Clorisvaldo , trouxemos .
Aqueles “ojos tristes ” causavam mal-estar no restante de sua aparência.
- Dê-nos a notícia , Sinhazinha . Estamos esperando por ela com ansiedade . Por favor ! Era Tia Rosinha que tentava salvar a cena do dilúvio , para que não ficasse na água , quem não coubesse na arca .
Previamente escalado por Sinhazinha , Nicomedes é quem daria a notícia . Tia Nicota apoiava-se com a mão esquerda , na poltrona da sala de estar , preparada para quando abrissem a porta da jaula . Ela certamente levaria a “maior facada” pois , foi a única que se animou a enfrentar uma repartição pública e agora , que já era uma solteirona beirando os 75 e uma aposentada bem remunerada , tinha o maior volume bancário e nem uma galinha pra tratar .
Nicomedes , com uma aparência melancólica , mas nem tão longe a ponto de achar que ao invés de anunciar uma vida , anunciaria uma catástrofe , abriu o envelope e , com voz firme , anunciou o resultado do resultado .
...
(O RESTANTE DA HISTÓRIA ESTÁ NO LIVRO)

- O AMULETO DA ESPERANÇA -

O alto-falante do velho caminhão , todo enfeitado , anunciava a chegada do circo em Pedras Claras - um lugarejo de 5.000 habitantes , localizado no extremo leste do estado de Montanhosa - e de seu espetáculo de estréia no sábado .
Era uma companhia de pequeno porte , mas de enorme efeitos colaterais , como deixava claro o anúncio cheio de novidades , como em liquidação “leve dez e pague um - com entrega em domicílio “ .
Era um ‘ circo-milagre ‘ que já havia despertado a atenção e curiosidade geral e todos iriam verificar-se das fantásticas atrações anunciadas . Menos Vicentina e Dona Anastácia que durante anos e anos a fio , mãe e filha ocupavam-se em fazer pastéis portugueses para atender aos pedidos do comércio da cidade , das cidades vizinhas e dos vendedores ambulantes que contrataram . Haviam ocupado entre si e os pastéis e não se abalavam com o resto do mundo , mesmo que o “ circo pegasse fogo “ .
Dona Anastácia era uma velha senhora que enxergava a vida com os olhos vagos pela fatalidade do destino , pois havia perdido o marido e dois filhos num acidente automobilístico , quando regressavam do serviço no campo , no caminhão de bóias-frias e restaram-lhe os velhos documentos de sua vida , os pastéis e as missas diárias .
Vicentina era uma “mocinha” feia que doía e aos doze anos, manifestou-lhe um tique nervoso que lançava seu óculo longe , espatifando-o no chão , para depois ser remendado com esparadrapo . Aquilo tudo afastava-a do restante do mundo , em culpa de consciência . Ela já beirava os solteiros 45 anos e tinha dentro de si o silêncio de quem nunca falou para pedir um pouco mais , pois os apetrechos que sempre teve : a magreza , o tique , a mãe e os pastéis , davam-lhe um ar de martírio supremo como se completasse aquele oco mistério vivo e sem esperanças . Era de poucas , raras amigas e só as via quando elas a procuravam em casa . Sua ocupação na vida : a mãe e os pastéis , só lhe permitiam um minguado tempo , quando a noite se iniciava , de se debruçar à janela , com aquele seu extraordinário nervosismo de óculo , ampliando seu acentuado estrabismo , deixando-a com um olhar de macaco com dor de barriga e contentar-se em apreciar os transeuntes que dirigiam-na um cumprimento ; com os casais de namorados que se acomodavam na pracinha em frente e com o pequeno rádio que , em ondas curtas , suavizava a sua natureza aprisionada . Ela era antiga como a Arca de Noé .
Era sábado e era feriado religioso e elas não trabalhavam nesses dias consagrados nem em caso de emergência , como se fizessem jejum para que todos os santos as ajudassem a “ empurrar ” a vida com a barriga e os pastéis. Chegava a tarde e Vicentina sentou-se na pracinha para poder assistir de camarote , toda a movimentação na cidade , com a chegada do circo pois , após doze anos de abstinência , quando o último circo passou por ali , uma atração dessas chamava a atenção , mesmo .

(O RESTANTE DA HISTÓRIA ESTÁ NO LIVRO)

- DADOS SOBRE O AUTOR -

Aroldo Moreira Camattari

Nascido em 04-maio-1957, na capital paulista , filho dos formiguenses Aroldo Lopes Camattari e Florentina Moreira Camattari . Aos três meses de idade , veio para Formiga-MG com sua família e aqui vive até a presente data .
Trabalhou desde os 14 anos na FAFI/ESBI , RFFS/A e , atualmente , na Prefeitura Municipal (Secretaria Municipal de Educação) .
Sempre voltado para as artes : corporais , cênicas , plásticas e literárias . Coreografou e dançou com um grupo diversas vezes , em vários palcos da cidade . Participou de carnavais , desfilando pela ‘ESUQ’ como passista , destaque e mestre-sala . Fez a sonoplastia nas peças “A Mulher do Zebedeu” e “Chica Boa” e integrou o elenco da peça “Velório à Brasileira” . A convite , atuou por sete anos interpretando o personagem “Carlitos” , no ‘Carlitos Bar’ e em outros locais . Pintou vários painéis em tecido para Escolas Públicas e para a Biblioteca Pública Municipal , além de outros trabalhos de pinturas em tecidos . Desde a adolescência tomou gosto em escrever ; participou por duas vezes de Concursos e foi classificado em 1º lugar com o conto “A Família Engravidada” e em 2º lugar com o conto “O Amuleto da Esperança” .
E agora , em 2008 , reuniu parte do seu trabalho literário , que vem realizando e arquivando , e resolveu publicá-lo com o título : “CONTANDO HISTÓRIAS - com pitadas de humor “ , dando-nos a oportunidade de saborear suas histórias pitorescas .


OBRIGADO
PELO PRESTÍGIO
DE SUA LEITURA .

ATÉ
O
PRÓXIMO
LIVRO !

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- BREVE CURRICULUM -

-OUTRAS ATIVIDADES-

A) Quando cursava a Educação Infantil, no “INSTITUTO 6 DE JUNHO” , a diretora, D.Jalcira Santos Valadão, sempre convidava-me a participar dos números artísticos apresentados nas solenidades de colação de grau, realizadas nas dependências do “CLUBE CENTENÁRIO” ; b) Em 1972, a convite daquela diretora , para a colação de grau daquele ano, juntamente com minha irmã , formamos um casal de marionetes, que dublava a música “Pobre Menina” , da dupla Leno e Lílian ; c) Em 28-abril-1973 , fomos convidados a participar do programa ‘MINEIROS FRENTE A FRENTE”, da “TV ITACOLOMI”-BH, no quadro ‘O Show é Nosso”, representando a cidade de Formiga , que competia com a cidade de Ipatinga e, no final, “a dupla” conquistou o ponto decisivo para a vitória de Formiga, naquela competição (194x193) ; d) Ainda na fase da adolescência, já gostava de escrever e minhas redações sempre foram destaque, o que aconteceu até o 3º ano de Contabilidade ; e) Nessa fase, coreografei e dancei com um grupo, vários shows que realizávamos no “CINE GLÓRIA”, ‘COLÉGIO SANTA TERESINHA” e “CINE PAROQUIAL” ; f) Em 1974, desfilei como passista na “ESCOLA DE SAMBA UNIDOS DO QUINZINHO” g) Em 1975, desfilei como destaque, pela mesma ESCOLA ; h) Ainda em 1975, fui convidado pelo proprietário do JORNAL ”GAZETA DE FORMIGA”, Sr. Vitório José de Deus, para escrever a Coluna Social, sob o pseudônimo “STENIL” ; i) Em 1976, desfilei como 2º Mestre-Sala, pela mesma ESCOLA ; j) Em 1982, fui convidado a representar o personagem “CARLITOS” numa cena com um garoto, a qual escrevi e dirigi, num Desfile de Modas, promovido pela “BOUTIQUE VIA 80“, realizado no CLUBE CENTENÁRIO ; k) Ainda nesse ano, recebi o convite dos proprietários do “CARLITOS BAR”, para representar aquele personagem, naquele estabelecimento, estendendo-se a temporada por 7 anos ; durante esse período, ensaiei desfiles de moda, de concursos de beleza e escrevi vários textos que eram lidos no decorrer das festas ; l) Em 1986, realizei a sonoplastia da peça “CHICA BOA”, apresentada no “COLÉGIO SANTA TERESINHA"; m) Nesse ano, fui agraciado pelo então Secretário Municipal de Cultura, Sr. Marconi Montoli, com o “DIPLOMA DE MEMBRO EFETIVO”, da “ACADEMIA FORMIGUENSE DE TEATRO – AFORTE” ; n) Ainda nesse ano, fui designado pelo Exmº Sr. JUIZ DE DIREITO, da 114ª Zona Eleitoral, para “PRESIDENTE” da Seção Eleitoral instalada na Escola Municipal Arlindo de Melo ; o) Em 1987, integrei o elenco da peça “VELÓRIO À BRASILEIRA”, realizada, com sucesso, no palco na OAB, no Ed.Antº. Vieira ; p) Em 1988, convidado pela ‘EQUIPE AIDS PARADA”, na realização da GRANDE GINCANA promovida pela Carlitos Bar, para pintar um retrato de Carlitos, num prato de porcelana - cumpri a tarefa e a equipe marcou pontos; q) Ainda nesse ano, iniciei-me no ramo artesanal, com PINTURA EM TECIDOS: panos de prato, de bandeja, camisetas, toalhas, estampas para quadros, em calças jeans etc; r) Em 1989, convidado pelo “ROTARACT CLUB”(ala jovem do ROTARY CLUB), para, novamente, representar o personagem Carlitos, na festa de comemoração do “CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE CHARLES SPENCER CHAPLIN”, realizada em 15 de abril, no CARLITOS BAR . Nessa festa, escrevi e dirigi a cena, indiquei o garoto e outros participantes da cena , escrevi o texto de Abertura - idealizei e montei o cenário ; s) Data-se do mesmo ano, o convite que recebi da “EQUIPE ZUMBI”, para desfilar no Carro Alegórico alusivo ao cinema, representando, novamente, o personagem Carlitos, na Festa de Abertura na realização da GRANDE GINCANA promovida pela Carlitos Bar ; t) Ainda nesse ano, fui novamente designado pelo Exmº. Sr. JUIZ DE DIREITO, da 114ª Zona Eleitoral, para 1º SECRETÁRIO, da Seção Eleitoral instalada na Escola Municipal Arlindo de Melo ; u) Em 1990, convidado pela Jornalista Responsável e proprietária do “JORNAL DAS VERTENTES” e escrevi dois artigos sob os títulos : “TOMPADE - Um Tom em Dó Maior”-agosto, edição nº 5 e “A Outra Banda da Vida, no Outro Lado dos Sonhos”-setembro, edição nº 6. Logo depois, o Jornal foi extinto; v) Em 1992, novamente designado pelo Exmº. Sr. JUIZ DE DIREITO, da 114ª Zona Eleitoral, para PRESIDENTE da Seção Eleitoral instalada na Escola Municipal Arlindo de Melo ; w) Em 1994, no Concurso Público realizado pela “PREFEITURA MUNICIPAL DE FORMIGA”-Secretaria Municipal de Saúde, concorrendo com 50 candidatos ao cargo de ‘Digitador’, para apenas 2 vagas ; fui o 7º colocado ; x) Em Agosto do mesmo ano, participei do “VI CONCURSO FORMIGUENSE DE CONTOS E POESIAS”, promovido pelo “CLUBE LITERÁRIO MARCONI MONTOLI”, e , sendo a minha primeira participação em concursos desta natureza, obtive o “1º LUGAR”, concorrendo com o conto “A FAMÍLIA ENGRAVIDADA”, recebendo na solenidade de premiação , o “DIPLOMA DE MEMBRO EFETIVO” daquele Clube ; y) Em julho/1995, participando pela segunda vez do “VII CONCURSO FORMIGUENSE DE CONTOS, POESIAS E REDAÇÕES”, promovido pelo mesmo Clube Literário, obtive o “2º LUGAR”, concorrendo com o conto “O AMULETO DA ESPERANÇA” ; z) Em maio/1996, convidado pela Supervisora da “BIBLIOTECA MUNICIPAL DR. SÓCRATES BEZERRA DE MENEZES” – Marli Lopes, representei aquele Departamento na “Vª FEIRARTE” – Festa do Dia do Trabalho e, numa homenagem aos escritores formiguenses e ”, caracterizado de “caipira”, interpretei o poema “O PRIMEIRO DE MAIO”, de autoria do “CORONEL BALBINO” - Balbino Ribeiro da Silva ;
A-1) Em junho, concorrendo com 203 candidatos, obtive 0 22º lugar, no concurso realizado pelo “INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE”, ocupando o cargo de RECENSEADOR ; b-1) Em outubro/2000, ingressei-me na “ASSOCIAÇÃO DOS ARTESÃOS DE FORMIGA”, com meus trabalhos de Pintura em Tecido, participando de exposições realizadas na “UNIFOR” , com sucesso ; c-1) Em 2001 , participei como membro da mesma Associação de Artesãos, de exposições realizadas, com sucesso, em Formiga (Exposição Agropecuária; FEIRARTE--Festa do Dia do Trabalho, no Terminal Rodoviário; Festa de Aniversário da cidade de Formiga, em 6 de junho ; Feiras realizadas na Praça Getúlio Vargas ; Audiência Regional do BDMG, no Clube Centenário e ainda nas Quintas-feiras Culturais, realizadas pela Secretaria Municipal de Cultura, da cidade de Divinópolis ; d-1) Em julho, fui eleito SECRETÁRIO, daquela mesma “ASSOCIAÇÃO DE ARTESÃOS DE FORMIGA” ; e-1) 2001 - No início das transmissões da recém inaugurada TV OESTE, presença registrada através dos vídeos gravados no Carlitos Bar, quando das apresentações do personagem Carlitos , o que, conforme comentado comigo por várias pessoas, estendem-se as exibições, esporadicamente, até o ano de 2011 ; f-1) De agosto a novembro de 2002, confeccionei cartazes e grandes painéis, pintados em tecidos, para a ESCOLA MUNICIPAL ANGELITA GOMES PEREIRA, com aprovação e elogios dos corpos docente e discente ; g-1) Em setembro do mesmo ano, expondo trabalhos de Pinturas em Tecidos, participei da “1ª FEIRA REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO E COMERCIALIZAÇÃO DO PRODUTO TURÍSTICO – SEMANA DO TURISMO, realizada na UNIFOR, pela FATUR-FACULDADE DE TURISMO, com apoio do SENAC-MG e ABAV ; h-1) Ainda nesse ano de 2002, pintei cartazes e grandes painéis em tecidos, para a “BIBLIOTECA MUNICIPAL DR. SÓCRATES BEZERRA DE MENEZES”, convidado pela Supervisora da Biblioteca , com aprovação e elogios dos funcionários e freqüentadores daquele Departamento ; i-1) Em setembro/2003, participei da exposição de artesanato, apresentando Pinturas em Calças Jeans , no “11º ENCONTRO NACIONAL DE MOTOCICLISTAS”, realizado no Terminal Rodoviário, com cobertura e entrevista concedida à “TV OESTE”; j-1) Em dezembro do mesmo ano, concorrendo com 308 candidatos, para preenchimento de 10 vagas, fui classificado em 17º lugar, ao cargo de Auxiliar Administrativo, no CONCURSO PÚBLICO MUNICIPAL, realizado pela PREFEITURA MUNICIPAL DE FORMIGA ; k-1) Presença no ‘MUSEU MUNICIPAL FRANCISCO FONSECA”, através das imagens fotográficas registradas durante as representações do personagem “CARLITOS”, realizadas no “CARLITOS BAR”; l-1) 08 e 09/08/2005-Participação no “1º SEMINÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO-Desmistificando a inclusão: abrindo janelas para o diferente”, com carga horária mínima de 75% de freqüência, da Secretaria Municipal de Educação ; m-1) A partir de 2006 – Página na INTERNET-GOOGLE, digitando “Aroldo Camattari”, com alguns trabalhos realizados; n-1) 22/Janeiro/2008 - Participação no Curso de ATENDIMENTO AO PÚBLICO, realizado pela Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, com carga horária de 8 horas ; o-1) 13-03-2008 – Cumprimentos recebidos do Vereador Cabo Cunha, através de Ofício 022/2008/SCMF, da “CÂMARA MUNICIPAL DE FORMIGA” , pelo Dia do Bibliotecário (CESEC); p-1) Em maio do mesmo ano, Participação no “PRÊMIO GOVERNO DE MINAS GERAIS DE LITERATURA” , Categoria: Ficção, promovido pela Secretaria de Estado de Cultura , com meu livro ; q-1) Em Outubro/2008, lançamento do livro : “CONTANDO HISTÓRIAS-com pitadas de humor”, no “MUSEU MUNICIPAL FRANCISCO FONSÊCA”, com a presença de 65 convidados e cobertura dos Jornais “O Pergaminho” e “Nova Imprensa” e da TV OESTE ; r-1) Presença no site www.formiga.mg.gov.br, da PREFEITURA MUNICIPAL DE FORMIGA , com várias reportagens sobre meus trabalhos; s-1) Novembro/2008 Presença no site “www.RECANTO DAS LETRAS”(on-line) com os textos : ‘LUA DE MEL’ e ‘UMA OUTRA PARTIDA DE FUTEBOL’; t-1) Em 13/abril/2009, organização e participação de apresentação no CEMUTE, interpretando 2 textos (música: Mensagem-texto Fernando Pessoa e música: Sonhos de um Palhaço-texto de Antônio Bivar), com a interpretação da cantora Júlia Fonseca e dos músicos Raimundo Martins(violão/arranjos musicais), Kaká Andrade (tímbale) e Luis Cláudio “Piteco” (pandeiro), com sucesso ; u-1) Maio/2009 - Convidado para estar no quadro e ser Membro da ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS, cadeira27; v-1) 10-05-09 – Apresentação na “Festa do Dia Internacional da Mulher”, no CESEC-Formiga-MG – interpretando o texto: “Todas as Cartas de Amor”, de Fernando Pessoa e a cantora Dulce , interpretando a música: “Sonhos de um Palhaço”, de Antônio Marcos, acompanhada, ao violão, pelo músico Raimundo Martins; w-1) 23-05-09 - Nota do colunista e amigo MSN, NELSON PORTO, da GAZETA DO OESTE, de DIVINÓPOLIS nº1.301 , pág. 4 , pelo recebimento do meu livro ‘CONTANDO HISTÓRIAS-com pitadas de humor’ ; x-1) Junho/2009 - DESTAQUE NA “REVISTA SERVIDOR DA CIDADE”, Informativo Mensal dos Servidores da Prefeitura Municipal de Formiga , na Seção “SERVIDOR É TALENTO”, edição 34, ano 4, ressaltando o meu trabalho literário, lançado em 10/2008 ; y-1) 06-06-2009 - Convite recebido da Escola Municipal “Angelita Gomes Pereira” e CEI “Conceição Maria de Almeida”, para participar da “1ª Mostra de Leitura, Cultura, Lazer e Arte”, na Praça da Rodoviária ; z-1) 01-08-2009 - Reportagem na Revista “A PAR”, Edição 128, ano IV, pág.40/41, sobre a Reativação da ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS ;
A-2) 11 a 13/09/2009 – Participação no SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO-EDUCATIVA FORMIGA-Oficina de Produção de Textos-INSTITUTO CONEXA EVENTOS (com um texto do MEU LIVRO, sendo apresentado “como exemplo”, no evento); b-2) 28-09-09 - Empossado Membro Vitalício da “ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS” em solenidade realizada no “Auditório Odete Khouri”; c-2) 05-10-2009 – MOÇÃO Nº 644/2009 – Recebida da CÂMARA MUNICIPAL DE FORMIGA, do Vereador Mauro César, pela Posse como Membro da ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS ; d-2) Outubro/2009 – Cumprimentos recebidos do Vereador José Geraldo da Cunha-Cabo Cunha, pela Posse como Membro da ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS ; e-2) 05-11-2009 – Agradecimentos recebidos , em correspondência recebida do Vereador Mauro César, pelo recebimento do meu livro ; f-2) 09-11-2009 - Agradecimentos recebidos, em correspondência do Vereador Cabo Cunha, pelo recebimento do meu livro;
g-2) 01/2010-Lançamento do Livro–“PONTO DE PARTIDA-Livro 01”,com o texto:
“O Menino e o Passarinho” com a participação de Membros da ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS, h-2) Presença no site www.cesec.mg.edu.br , quando trabalhava na Biblioteca daquela Escola, divulgando meu livro; i-2) 10-05-10 – Apresentação na “Festa do Dia Internacional da Mulher”, no CESEC-Formiga-MG – interpretando o texto: “O Trapezista do circo”, de Antônio Bivar e a cantora Ana Paula, a música: “Sonhos de um Palhaço”, de Antônio Marcos e Sérgio Sá ; j-2) 17-06-10 - Lançamento do Livro – “ALÇANDO VOO-Livro 02”, com a participação de Membros da ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS no Restaurante Ossolana , com o texto : “Os Tomates Maduros Bluff”; k-2) 16/11 a 10/12/2010 – Exposição de Pinturas em Tecido ( Panos para Tabuleiro/Bandejão – Customizados) , realizada na Biblioteca Municipal Dr. Sócrates Bezerra de Meneses, com cobertura do “Jornal O Pergaminho” e da “TV OESTE” : l-2) 23-11-2010 – Presença no Lançamento do Livro – “ASAS - Livro 04”, com a participação de alguns Membros da ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS no Restaurante Ossolana , sem trabalho publicado; m-2) 13 a 31-12-2010 - Exposição de Pinturas em Tecido (Panos para Tabuleiro/Bandejão-Customizados), realizada, a convite, na Última Hora-Presentes) ; n-2) 13-12-2010 - Lançamento do Livro nº 5 - “ASTROS”, com o texto: “A ÚLTIMA ALEGRIA”, e a participação de Membros da “ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS”, no Restaurante Ossolana ; o-2) 04-05-2011 - Lançamento do Livro nº 6 - “MEMORÁVEIS”, com o texto: “AS FILHAS DA MÃE”, e participação de Membros da “ACADEMIA FORMIGUENSE DE LETRAS” ; p-2) 04-05-2011 - Cumprimentos pela passagem do meu aniversário recebidos do Vereador Gonçalo José de Faria; q-2) 30-08-11 - Filiação ao PARTIDO DA MOBILIZAÇÃO NACIONAL-PMN, Registro nº 0194288-série 0.003 ; r-2) Convidado pelo Presidente do “PMN”-Formiga, para Candidato a Vereador, nas eleições de 2012 ; s-2) 10/2011 - FUNCIONÁRIO CEDIDO PELA “PMF” AO “CARTÓRIO DA PRIMEIRA VARA CRIMINAL E MENORES” ; t-2) 12/2012-MEU TEXTO “A ÚLTIMA ALEGRIA”, PUBLICADO NA COLUNA “ESPECIAL”, DA REVISTA “SERVIDOR DA CIDADE”—nº 63-ano 5-Dez/2011-Informativo Mensal da PREFEITURA MUNICIPAL DE FORMIGA-Distribuído aos funcionários; u-2) 01/2012 MEU TEXTO “UM DIA DE CARNAVAL NA CIDADE DE FORMIGA”- PUBLICADO NA COLUNA “ESPECIAL”, DA REVISTA “SERVIDOR DA CIDADE”—nº 66-ano 6- Janeiro/2012-Informativo Mensal da PREFEITURA MUNICIPAL DE FORMIGA - Distribuído aos funcionários ; v-2) 09/02/2012- Transferido para a Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento ; x-2) MEU TEXTO “OS TOMATES MADUROS BLUFF”, PUBLICADO NA COLUNA “ESPECIAL”, DA REVISTA “SERVIDOR DA CIDADE”-nº 67-ano 6-março/2012- Informativo Mensal da PREFEITURA MUNICIPAL DE FORMIGA-Distribuído aos funcionários ; y-2) MEU TEXTO “AS FILHAS DA MÃE”, PUBLICADO NA COLUNA “ESPECIAL”, DA REVISTA “SERVIDOR DA CIDADE”—nº 68-ano 6-Abril/2012-Informativo Mensal da PREFEITURA MUNICIPAL DE FORMIGA-Distribuído aos funcionários ; z-2) ... ... ...

OBRIGADO PELA SUA ATENÇÃO

UM ABRAÇO ,

AROLDO CAMATTARI

-अस फ्लोरेस-

- AS FLORES -

Aroldo Camattari - Formiga-MG
I
Quando o mundo então se fez
Nele, belas montanhas cresceu
E nelas vieram as flores
As flores que só no cume deu

II
Montanhas belas de imagem
As flores vêem brotar
As flores que no seu cume nascem
Alguém vem no cume arrancar

III
As flores que no cume cheiram
Viçosas, sempre a brilhar
As flores que no cume catam
Não mais vão o cume enfeitar

IV
Um dia no cume aporta
Alguém para as flores catar
E com a faca no cume cortam
Até as que iriam brotar

V
As flores que no cume brotam
Para a vida inteira enfeitar
São as mesmas que no cume arrancam
Também para a morte adornar

VI
Um sujeito no fim da vida
As flores do cume pediu
Mas a terra muito atrevida
As flores do cume engoliu

VII
Um dia o mundo cansado
Com as flores que no cume criou
Já muito, muito amolado
As flores do cume arrancou

VIII
Agora o cume chora
As flores que um dia o enfeitou
Tanta beleza foi embora
As flores do cume acabou

IX
Com as flores de cores viçosas
A montanha ficava empolgada
Mas agora são só lembranças
Hoje as flores do cume ... ... nada.




CUME, s.m = Parte mais elevada

(MALDADE NA CABEÇA TEM QUEM QUER)